quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Quem me chamou para a escrita.

Naquele dia, não parecia errado deixar de escrever. Alguma coisa me pedia para silenciar e olhar para dentro. Não houve peso, não houve culpa. Não houve pesar por apagar das memórias alheias todas aquelas palavras que meu velho coração falou, um dia. 

Me pergunto se foi mesmo ele, o coração. E, logo, a minha mente racional responde que sim. Era apenas um coração distinto. Como todos aqueles corações que já foram meus, mas passaram, pela inconstância do tempo e graças à transmutação de todas as coisas. Graças!

É um outro coração que volta a escrever, aqui. Um coração-filho (de todos os outros que já fui). Ele, que é ser independente, mas segue carregando indícios de suas criações ancestrais. Ancestralidade que me implorou para escrever outra vez sobre o que a faz pulsar. Cá estou.

Avante, coração!